Cerca de 350 expositores deram à Automobilia deste ano uma expressão internacional que renova o interesse por automóveis, bicicletas e motos antigas. Durante três dias, o Parque de Feiras recebeu a visita de milhares de visitantes. Luís Cardote, da equipa organizadora, admite que se tratou de uma edição de sucesso.
“O público aderiu em força. Tivemos exposições para cativar o público. A feira não vive só do comércio de peças. Tivemos veículos pesados do agrado geral. Peças que não é comum ver porque são veiculados que, habitualmente, não estão expostos. Tivemos a parcerias da Estrada de Portugal. Temos uma exposição dos 50 anos da Mustang e a exposição de motorizadas portuguesas. Estamos na região delas. Temos bicicletas antigas e motas japonesas antigas. Tentamos diversificar com exposições temáticas renovando no que é possível”.
A edição deste ano reforçou a centralidade de Aveiro apesar de estar entre o eixo das duas principais áreas metropolitanas. “Desde que fazemos a Automobilia o público tem aderido de maneira massiva. Estamos em Aveiro, fora das cidades de Lisboa e Porto, e conseguimos atrair publico especializado, inclusivamente espanhóis que fazem excursões para nos visitar. Somos marca registada e evento de referência também a nível internacional”.
Luís Cardote admite que o bom tempo ajudou e permitiu uma mistura de visitantes que gostam de observar as peças com outros que procuram peças. “Os negócios acontecem. Temos 50 expositores estrangeiros que chegam de Inglaterra, Alemanha, França e Holanda. Deslocações caras mas a presença na feira justifica. Ultrapassámos os 350 expositores e isso orgulha-nos”.
Luís Azevedo, responsável por uma empresa que comercializa bonés e capacetes, admite que Aveiro permite encontrar diferentes tipos de público. “Encontramos a parte de capacetes, réplicas de alguns pilotos, bonés, óculos e artigos militares. Os artigos variam de época. Fazemos reproduções do que existiu no início do Século XX. Tentamos trazer o que está esquecido e apresentar o que foi feito no passado utilizando tecidos de alta qualidade”.
Na lista de produtos há equipamentos para uso e peças de colecção. “Temos de tudo. Há quem compre para utilização diária mas há peças de colecção como a réplica do capacete de Nikki Lauda que não é de uso diário”.
Nas bancas há produtos de diferentes proveniências. “Procuramos que os produtos sejam produzidos em Portugal. A maior parte do sucesso é fora do país. EUA, Japão, Canadá e Austrália são alguns dos mercados. As pessoas já conhecem os nossos produtos”. Diário de Aveiro |