Águeda
Durante os 25 anos da Revigrés
Durão promete não recuar na política «de rigor e firmeza«
O primeiro-ministro, José Manuel Durão Barroso, avisou hoje que não recuará nem hesitará numa política «de rigor e firmeza«, numa aparente resposta a manifestações de desagrado por algumas medidas já anunciadas pelo seu governo.
«Decepcionámos aqueles que esperavam menor rigor ou menor firmeza e decepcionaremos também os que pretendem introduzir divisões artificiais apenas com o objectivo de defender interesses particulares«, assegurou Durão Barroso.
«O desafio que temos pela frente é grande, mas a vontade de vencer é ainda maior«, acrescentou.
O chefe do executivo falava em Águeda (Aveiro), na cerimónia de inauguração de duas novas unidades do grupo cerâmico Revigrés, perante as mais altas figuras do Estado (excepto o presidente Jorge Sampaio, que enviou uma mensagem), os principais empresários portugueses, o líder da União Geral de Trabalhadores e dirigentes desportivos, como o presidente portista Jorge Nuno Pinto da Costa.
Durão Barroso aproveitou a circunstância para exortar empresários e trabalhadores a colaborarem no esforço de produtividade e competitividade que disse ser «imprescindível« para recuperar a economia do país e fazer face à «concorrência acrescida« que Portugal enfrentará com o alargamento a Leste da União Europeia.
«Quando se trata de trabalhar por Portugal ninguém está dispensado«, advertiu.
As duas novas unidades fabris do grupo Revigrés que o primeiro ministro inaugurou - a Qualipasta e a Revigrés 2 - estão vocacionadas para o fabrico de pasta cerâmica e porcelanato.
Para esta produção específica a Revigrés investiu 35 milhões de euros (sete milhões de contos) em instalações, equipadas com «a mais avançada tecnologia a nível mundial«, segundo o presidente da empresa, Adolfo Roque..Construídas numa área total de 115.000 metros quadrados, a Qualipasta e a Revigrés 2 iniciaram os primeiros ensaios há um ano, estando já a produzir, suportadas por um complexo sistema de automação e por um quadro de 360 funcionários.
A inauguração das unidades coincidiu com as comemorações dos 25 anos daquela empresa de Águeda que em 2001 duplicou as suas exportações em 2001 relativamente a 2000.
Também em 2001, a Revigrés facturou um total de 30 milhões de euros (seis milhões de contos), prevendo chegar ao final deste ano com uma facturação a rondar os 38 milhões de euros (7,6 milhões de contos).
A criação de produtos «mais internacionais para um mercado cada vez mais global« é o mote para a expansão do grupo definido pelo presidente da empresa.
Isto porque, de acordo com Adolfo Roque, «as empresas portuguesas não se podem bater com mão-de-obra mais barata asiática e do leste europeu, já que a qualidade técnica não é como a nossa«.
Lusa
(12 Mai / 12:32)
Diário de Aveiro |
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