Especialista em Geofísica aplicada e investigador na área da contaminação de água, Manuel Senos Matias diz que a água salgada é hoje um dos riscos para os aquíferos na Região de Aveiro. Aponta a salinização como um dos principais problemas.
O catedrático do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro adianta que os passivos ambientais demoram anos a superar mas fala do caso de Estarreja como caso de sucesso com indústrias mais cuidadas e preocupadas em garantir qualidade dos solos e das águas.
“Penso que há grande preocupação ambiental na parte Norte. As empresas sediadas em Estarreja têm uma grande preocupação. Passivo existe. Há coisas que vale a pena limpar e há outras que é melhor deixar estar sossegadas. Aqui na zona temos a questão da salinização das águas”.
Senos Matias diz que os passivos ambientais levam muito tempo a recuperar. “A exploração de água subterrânea tem-se mantido. Temos a exploração do Carvoeiro que é responsável por parte significativa mas temos captações locais. O complexo químico de Estarreja está melhor mas há passivo para limpar. As recuperações são lentas. As contaminações duraram décadas e a limpeza vai durar muito tempo também”. Diário de Aveiro |