José Luís Cacho (na foto) espera ver o Porto de Aveiro integrado na 'movimentação de contentores' dentro de um ano. O Presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro revelou, em declarações à Terra Nova, que esse "será um dos próximos passos a dar" pela estrutura portuária "em termos de serviços". Na zona onde hoje existe areia, na área portuária "há espaço para um novo cais" com cerca de um quilometro de extensão. José Luís Cacho quer aproveitar essa área para o transporte de contentores. Lembra que o Porto de Aveiro tem exportado pórticos para França mas que está na hora de pensar em usar a tecnologia para a movimentação de contentores na Gafanha da Nazaré. "É um trabalho realizado por privados. Questionamos permanentemente qual o dia em que teremos um 'pórtico de contentores' a funcionar. Temos esse desejo", disse. Questionado sobre se esse 'desafio' pode precipitar a retirada dos montes de areia depositados no Porto, sublinhou que "para o arranque do projecto dos contentores aquela área é importante para o futuro do Porto de Aveiro. Abarcará projectos logísticos de armazenagem e projectos industriais de empresas interessadas em laborar dentro do Porto", disse. "Aquela é uma zona com um potencial enorme que permite a construção de mais 1.100 metros de cais, uma pequena plataforma ferroviária de apoio ao Porto e um arruamento interior. Veremos se o 'mercado' está interessado e se surgem oportunidades de negócio e investimento. Teremos capacidade de resposta aos desafios que surjam", disse. José Luís Cacho considera que a situação de "quase monopólio" no negócio da movimentação de cargas contentorizadas "tem prejudicado a execução do Plano Estratégico" do Porto de Aveiro, cujas infraestruturas foram concebidas tendo em conta esse objectivo. Diário de Aveiro |