No âmbito do processo relacionado com a decisão judicial que condenou a Câmara de Ílhavo a pagar quase um milhão de euros pelo terreno da Biblioteca Municipal, numa sentença que não é, ainda, definitiva, o assunto voltou a merecer uma discussão política na última sessão da Assembleia Municipal de Ílhavo. Fernando Caçoilo, Presidente da Câmara, reagiu a uma interpelação da bancada socialista sublinhando o facto de se verificar uma ausência de condenação na sequência de um processo que ainda decorre. "Não sei porque se riem quando falam disto, não sei onde está a piada", disse, dirigindo-se à bancada do PS. "A Câmara não foi condenada em nada. Esta sentença do Tribunal ainda merecerá recursos. Isto ainda não acabou", recordando que o terreno foi inscrito na Conservatória a 12 de Maio de 1995 "quando o PS estava a liderar a Câmara", referiu. Sérgio Lopes (PS) não gostou do que ouviu e rejeitou a imputação de culpas, ao tempo da gestão autárquica a cargo do socialista Humberto Rocha. "Estão a dizer que a culpa da situação é de Humberto Rocha, era só o que mais faltava, isso é inadmissível", disse. Diário de Aveiro |