AUDITORIA À CÂMARA É “UM ACTO POLÍTICO”

O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, quer que a auditoria promovida pelo seu Executivo às contas da autarquia evite que “a discussão dos próximos quatro anos seja a situação financeira” da edilidade. Na sessão de anteontem à noite da Assembleia Municipal de Aveiro, a actual maioria camarária PSD/CDS/PPM foi confrontada com algumas críticas ao relatório conhecido no passado mês de Abril – e que foi agora sujeito a apreciação dos deputados municipais -, nomeadamente no que diz respeito à metodologia seguida na auditoria. Ribau Esteves respondeu às dúvidas levantadas assumindo que “este é um acto político”, “não é um acto legal” e não tem “nenhum normativo técnico-financeiro”.
Importa lembrar que esta auditoria aponta para uma dívida formal no universo municipal na ordem dos 140 milhões de euros, aos quais acrescem 11,1 milhões de euros de dívida não validada. “Quisemos perceber o que é que temos e partilhámos essa verdade para com os verdadeiros donos do município, que são os nossos concidadãos”, frisou o edil aveirense, em resposta às críticas levantadas em torno do documento e que começaram logo por ser levantadas pela bancada do movimento “Juntos por Aveiro” – que foi encabeçado pelo anterior presidente da autarquia, Élio Maia.


Diário de Aveiro


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