O secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, disse esta sexta-feira na Assembleia da República, que diversas valências do Centro Hospitalar do Baixo Vouga serão reforçadas.
O governante respondia a uma pergunta da deputada do PSD Carla Rodrigues, numa audição que concluiu que nenhum serviço será encerrado. Os Sociais Democratas apresentam-se mais optimistas que os socialistas que não conseguiram retirar conclusões do discurso do Governo sobre o futuro do Centro Hospitalar.
“É um território que merece uma atenção muito específica. É evidente que aquelas unidades [de Aveiro, Estarreja e Águeda] têm de viver em complementaridade. Não há alternativa”, referiu Manuel Teixeira citado pelo grupo Parlamentar do PSD na Comissão de Saúde.
Carla Rodrigues, do PSD, considera que tem havido muito ruído em torno do tema. “Não podemos negar que há constrangimentos nos dois centros hospitalares do distrito de Aveiro. Quanto ao alarme social causado pela desinformação à volta da publicação desta portaria [nº 82/2014, que classifica 48 unidades hospitalares do país], a pergunta que se impõe é só esta: quantos e quais serviços vão ser encerrados nos dois centros hospitalares de Aveiro?”.
Na resposta, Manuel Teixeira notou que o CHBV precisa de, num curto espaço de tempo, fazer a qualificação de uma série de valências, que têm um número de profissionais “abaixo do limiar mínimo definido em trabalho conjunto com a Ordem dos Médicos”. São os casos de gastroenterologia, endocrinologia, oncologia médica, pedopsiquiatria, dermato-venereologia, imuno-hemoterapia e hematologia.
“Na maioria destas valências há, apenas, dois médicos. Não é possível ter um serviço assim”, sublinhou o secretário de Estado, referindo ser necessário “o esforço de formar médicos”. Para Manuel Teixeira, a referida portaria “não é um fim, mas, antes, um começo, que pretende reintroduzir os princípios de racionalização” no sistema nacional de saúde.
Recorde-se que o Ministro da Saúde pediu um mês para responder de forma clara aos Municípios da Região de Aveiro que tinham dado nota do seu desagrado por uma eventual desclassificação de serviços. Diário de Aveiro |