Oliveira do Bairro
Assembleia aprovou orçamento no valor de 20 milhões de euros
. PSD votou contra
Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt
A Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro aprovou, por maioria, com oito votos contra do PSD, e quatro abstenções (Fernando Tomé, presidente da Junta de Freguesia da Palhaça; Dinis Bartolomeu, presidente da Junta de Freguesia de Oiã; Henrique Tomás, deputado do PS, e Fernando Peixinho, deputado da CDU), o orçamento e plano de actividades (OPA) municipal para o corrente ano. Uma das grandes novidades é o facto de, pela primeira vez, o sector de educação, cultura, desporto e tempos livres figurarem no topo de todas as realizações, onde está previsto que sejam gastos, 20,7% do orçamento total que é de 20.774.725,00 euros, verificando-se assim uma inversão nos investimentos.
“Falta de planificação e execução”
A bancada do PSD optou por assumir uma postura igual à dos vereadores do partido, tomada dias antes em reunião de câmara. Assim, votaram contra argumentando mais uma vez “a não inclusão dos projectos anunciados e mais uma vez adiados, tal como o plano rodoviário municipal”, levaram alguns deputados do PSD a votarem contra a OPA.
Na declaração de voto apresentada, estes argumentam que “a grande percentagem dos projectos apresentados dizem respeito a obras executadas e não pagas em 2001; a obras executadas em 2001, com adjudicações definitivas em 2002”. Para além, “da execução de projectos por falta de planificação e quantificação, os custos finais aumentaram de forma comprometedora em termos orçamentais, com trabalhos a mais, trabalhos imprevistos, revisão de preços, por vezes fruto de decisões ou caprichos pessoais, comprometendo a execução de novos projectos”.
Os grandes investimentos
Entretanto, este OPA segundo Victor Oliveira, presidente em exercício, “demonstra que as infra-estruturas de base, relacionadas com as redes de água e esgotos, em que este ano ainda há um grande investimento, estão a chegar ao fim”.
O presidente em exercício está convicto de que, no próximo ano, o concelho ficará com uma cobertura na ordem dos 85% nas redes de água e 80% nas redes de esgotos, o que, na sua opinião, mostra “um desenvolvimento no concelho que se revela equilibrado e sustentado”. Assim, os grandes investimentos serão efectuados nas áreas educativas, culturais, sociais, e equipamentos municipais, com especial relevância na freguesia de Oiã.
Freguesias para trás
Mas quem não se mostrou contente com os documentos apresentados foi o centrista, Manuel Fonseca Martins, presidente da Junta de Freguesia da Mamarrosa, que acabou por votar politicamente a favor, contudo, deixou bem claro que a sua freguesia tinha sido deixada para trás – “esta freguesia não saiu da penumbra, ficou num apagão completo”. “Será que temos que esperar por uma revisão orçamental”, questionou o presidente da junta, reforçando que “estou magoado e desiludido”.
Por outro lado, Dinis Bartolomeu, presidente da Junta de Freguesia de Oiã, mostrou-se também insatisfeito com os documentos apresentados, apesar dos novos projectos como a biblioteca, junta de freguesia e auditório terem sido contemplados. Contudo, foi dizendo que a redução da verba para a limpeza das valetas não estava justa, e por isso, negar-se-ia a efectuar o protocolo com a câmara.
(19 Abr / 15:38)
Diário de Aveiro |
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