Paulo Cavaleiro defendeu a sustentabilidade como caminho a seguir na implementação do novo plano estratégico dos transportes. O parlamentar social democrata falava no plenário da Assembleia da República, numa interpelação a um deputado do CDS-PP no período de intervenções políticas, tendo notado a “mudança de paradigma” no setor.
Paulo Cavaleiro lembrou que o Plano Estratégico dos Transportes (PET) que o Governo teve de apresentar para o período de 2011/2015 “foi apresentado num contexto de enormes dificuldades e foi uma das primeiras medidas que o Estado português se comprometeu a executar no memorando de entendimento com a Troika”.
O deputado deixou a crítica. “o PET veio mostrar uma evidência a toda sociedade portuguesa, de que o setor público dos transportes chegou a uma insustentabilidade, com cerca der 17 mil milhões de euros de dívida”.
“Todos concordamos que, agora que se inicia um novo programa de fundos comunitários até 2020, podemos criar um quadro de orientações estratégicas para o setor, tendo sempre como princípio a sustentabilidade financeira”.
Paulo Cavaleiro lembra, todavia, que “temos hoje a certeza de que as autoestradas não são grátis e de que os que defendem a reestruturação da dívida devem ter a consciência pesada, porque temos a noção de que as SCUT [autoestradas sem custo para o utilizador] não foram tão determinantes como se dizia para o crescimento económico”. Diário de Aveiro |