A Câmara de Aveiro admite vir a pegar em peças do plano de concessão de estacionamento para poder garantir novas soluções em pelo menos duas zonas da cidade. Ribau Esteves diz que o concurso falhado foi um mal que veio por bem. Explica que a dimensão do concurso não era exequível atendendo ás condições de mercado mas assume que há trabalho técnico que pode servir de base a futuros planos na área do estacionamento.
“Ainda bem que o processo acabou assim. Achamos que era mau negócio. O próprio concurso diz que os pressupostos do caderno de encargos eram irrealistas. Não há investidor para fazer aquilo. Estamos bem com este resultado. Há componentes que poderão vir a ser aproveitadas? Há. Estamos a olhar para essa dimensão. Há componentes de ensinamentos positivos e componentes técnicas positivas. A construir será sempre em regime de concessão. Há duas zonas da cidade que têm condições para operações deste género, com realismo, com interesse para a cidade e para o mercado”.
A autarquia diz que a Move Aveiro “é hoje um dos maiores problemas do Universo Municipal” pelo “reduzido nível de investimento na renovação da frota de autocarros e de ferry-boats e lanchas”, pela perda de receitas depois do protocolo de gestão com a Transdev, pelos “défices financeiros de operação anual superiores a dois milhões de euros nos últimos anos” e pelo insucesso nos três concursos públicos lançados para concessão a privados, da operação da MoveRia, da MoveBus. Diário de Aveiro |