A crise tem feito aumentar o número de cidadãos interessados em desenvolver actividade comercial na zona das praias do Concelho de Ílhavo (Costa Nova e Barra).

Ontem, na reunião do Executivo Municipal, uma jovem mãe, desempregada, tentou perceber a dimensão do processo burocrático para começar a vender bolacha americana. "Sou mãe, vivo sozinha e estou desempregada. Tenho em casa uma máquina para fazer bolacha americana e quero começar a trabalhar nessa área. É possível? O que tenho de fazer?", questionou os políticos locais. Na resposta, percebeu que há um caminho legal a percorrer. "Não estava à espera de tanta complicação", disse.

Marcos Ré, Vice-Presidente da Câmara de Ílhavo, disse que os interessados tem de ser colocados "em iguais circunstancias".

"Este problema agudizou-se nos últimos tempos, fruto da crise, e, os interessados, tem pressionado a Câmara para executarmos esse trabalho, da Hasta Pública, com rapidez. As normas já as temos mas não as podemos executar porque o trabalho 'a montante' ainda não foi feito", adiantando que "ainda não podemos dizer aos interessados quais os locais, possíveis, de instalação de quiosques, porque ainda não os definimos", disse.

Esse "não é um trabalho fácil porque temos de compatibilizar tudo e todos (os interessados nessa actividade, os moradores e outras questões legais)", vincou. "Há conflitualidade na utilização do 'espaço público' é um processo muito complexo", disse Marcos Ré, prometendo a conclusão desse processo "em 2015".