No dia 25 de Abril de 1974, Flávio Sardo estava notificado pela PIDE para, pelas 10 horas da manhã, prestar declarações sobre o Congresso da Oposição Democrática ocorrido um ano antes em Aveiro. “Claro que já não fui”, contou ao Diário de Aveiro.
O advogado, que se tornaria no primeiro presidente do município após o 25 de Abril, foi despertado às 7 horas por um telefonema do amigo Álvaro Seiça Neves, dando-lhe conta de movimentações políticas e militares em Lisboa, embora ainda “de cariz desconhecido” fora da capital.
“Fiquei em polvorosa e não descansei enquanto não me juntei aos amigos a saber o que se passava. Quando tivemos conhecimento da natureza e da extensão do movimento, entrámos em euforia agitada”, relatou.
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