Carla Rodrigues (PSD)saúda a política do Governo no que respeita à acessibilidade à Saúde mas admite que representa um Partido que não pode dar-se por satisfeito enquanto houver 1.100 mil utentes sem médicos de família. A parlamentar social democrata aveirense falava na Comissão de Saúde, numa audição ao ministro da tutela, na qual disse defender o Serviço Nacional de Saúde “por respeito aos portugueses”.
A deputada do PSD louvou que o Governo esteja “a promover, dia após dia, a acessibilidade dos portugueses aos cuidados de saúde”, admitindo, todavia, “que nem tudo estará feito e o PSD nunca estará tranquilo quando existirem, ainda, 1.100 mil utentes sem médicos de família em Portugal”. Carla Rodrigues disse acreditar “que o Governo também não estará satisfeito enquanto este problema não for resolvido”.
“Não defendemos o SNS por capricho e muito menos por opção ideológica. Defendemo-lo por compromisso e respeito aos interesses dos portugueses, utentes do SNS”, sublinha Carla Rodrigues.
A deputada aveirense lembrou na sessão que a questão da acessibilidade é das mais discutidas na Comissão de Saúde, até por proposta da Oposição. A esse respeito, disse “concordar com o PS quando diz que devemos falar de pessoas e não de números”, pelo que apresentou um conjunto de números que segundo a Parlamentar atestam a preocupação do Governo com as pessoas.
“Gostaria de lembrar os 1.400 mil utentes que ficaram isentos de taxa moderadora face a dezembro de 2011, os mais de 300 mil portugueses que, face a 2012, também ficaram isentos, totalizando 5.700 milhões. Isto é acessibilidade”.
“Outros números poderia apresentar, mas destaco o aumento de 14.900 portugueses que tiveram cirurgias programadas este ano, em relação ao ano passado, o aumento de 128.000 atendimentos de urgência e as mais 384 mil consultas externas hospitalares”. Diário de Aveiro |