Filipe Neto Brandão insiste que não é com a transferência de utentes para Coimbra que o Ministro da Saúde resolve os problemas das especialidades do Centro Hospitalar do Baixo-Vouga. O deputado aveirense aproveitou a ida de Paulo Macedo ao Parlamento para insistir na importância de alargar a oferta numa região populosa.
“Não é defensável pretender continuar a transferir a mais populosa NUT III da NUT II Centro para Coimbra. A única resposta eficaz para as situações de carência de especialidades verificadas no Baixo Vouga, passa por dotar o Baixo Vouga, ele próprio, dessas respostas. É preciso uma resposta que leve em consideração a dimensão populacional do Baixo-Vouga, é isso que lhe exijo: que dê uma resposta adequada”.
Neto Brandão lembra que o assunto está na agenda há mais de um ano e sem respostas concretas e sublinha que as carências detectadas em hematologia são transversais a várias outras especialidades médicas.
Em resposta à interpelação, o Ministro da Saúde limitou-se a admitir ser “de ponderar a hipótese do reforço da oferta” do Centro Hospitalar do Baixo-Vouga.
O deputado aveirense, eleito pelo PS, considerou “falácia” a resposta dada pelo Ministro da Saúde, em Fevereiro deste ano, quando, em declarações prestadas à comunicação social, foi confrontado com a existência de listas de espera de dois anos, em hematologia, no Baixo Vouga. Paulo Macedo afirmou então que “iria investigar o caso”.
Filipe Neto Brandão diz que o Ministro da Saúde “pretendeu inculcar a ideia de que estaria a ser, pela primeira vez, confrontado com essa notícia e que, diligentemente, iria resolver a questão” quando o caso há muito tinha sido levantado. Diário de Aveiro |