A Associação Empresarial de Águeda escreveu ao Ministro da Economia a “denunciar a existência de burlas praticadas por empresas fornecedoras situadas na China a clientes portugueses”. Adianta que é uma situação que tem acontecido com alguma frequência e que já lesaram, em várias dezenas de milhares de euros, empresas Associadas. Segundo explica a estrutura liderada por Ricardo Abrantes o cliente estabelece acordo com o fornecedor sobre a entrega das mercadorias, incluindo prazos de entrega, qualidade e transporte, paga antecipadamente. O fornecedor com sede na China confirma a encomenda, envia a fatura e respetivos documentos de transporte (incluindo documentos alfandegários) mas o contentor transporta material danificado ou outras mercadorias sem qualquer valor comercial (como por exemplo tijolos em vez de metal).
Para a associação empresarial “as relações comerciais com a China que tantas expectativas suscitam aos nossos empresários ficam profundamente molestadas com acontecimentos como o descrito, porque aquilo que aparentava ser um negócio normal, respeitando a tramitação documental habitual numa operação de compra e venda de mercadorias, transformou-se num ato de pura burla”.
Ricardo Abrantes pede ajuda ao Governo pelos canais diplomáticos para que as empresas lesadas possam ser “devidamente ressarcidas pelos prejuízos causados”.
Diário de Aveiro |