Regina Bastos admite que "a falta de um horizonte temporal mais alargado para executar os programas de ajustamento" e "erros de avaliação das economias dos Estados-Membros intervencionados contribuíram para o agravamento das situações sociais nestes países intervencionados".
A eurdeputada aveirense deixou, ainda, um apelo à criação de “um mecanismo europeu permanente e eficaz de gestão de crises" que permita não só detectar a tempo a degradação das situações económicas nos Estados-Membros, mas também uma acção preventiva.
A antiga presidente da Assembleia Municipal de Aveiro que se prepara para deixar o Parlamento Europeu em Maio próximo falou, esta quarta-feira, no plenário de Estrasburgo, no debate conjunto "Emprego e Aspectos Sociais no Papel e Acção da Troika na Grécia, Portugal, Chipre e Irlanda", referindo que "será seguramente uma falácia política falar da acção da Troika, sem fazer o enquadramento da situação em que estavam” aqueles países “e sem falar da eminência da bancarrota que obrigou ao pedido da ajuda financeira".
Para Regina Bastos, "os programas de ajustamento económico foram respostas urgentes a situações urgentes e a inacção teria tido consequências bem mais graves".
A eurodeputada elogiou os cidadãos portugueses pela “coragem” demonstrada perante os sacrifícios exigidos e deixou uma palavra de optimismo pelos sinais da economia com “a taxa de desemprego a diminuir, as exportações a crescer e a confiança gradualmente a ser reconquistada". Diário de Aveiro |