UM MORTO E SEIS FERIDOS EM TIROTEIO NA VENEZUELA

Segundo a imprensa local, Jesus Enrique Acosta, estudante de Engenharia da Universidade de Carabobo, morreu com um tiro na cabeça, quando conversava com um primo, no passeio, frente à sua residência. Foi levado a uma clínica onde deu entrada já sem vida
O tiroteio, durante o qual outras seis pessoas ficaram feridas, ocorreu depois de manifestantes opositores ao governo colocarem barricadas nos quatro acessos de um semáforo e sequestrarem um camião para bloquear a estrada.
Por outro lado, também no Estado de Carabobo, três oficiais da Guarda Nacional (polícia militar) foram feridos a tiro, quando procediam a recolher escombros e outros materiais colocados na auto-estrada.
Desde há um mês que se registam diariamente protestos em várias localidades da Venezuela, entre manifestações pacíficas e actos de violência que provocaram pelo menos 23 mortos e várias centenas de feridos.
Diversas fontes dão conta que foram registadas 14 denúncias de casos de alegada tortura e que 14 funcionários policiais estão detidos por alegado envolvimento em violações de direitos fundamentais dos cidadãos.
Durante os protestos foram detidas pelo menos 1.304 pessoas, das quais 705 estão em liberdade com regime de apresentação periódica em tribunal e 48 permanecem em prisão.
Os actos de violência estão focalizados em 18 dos 335 municípios do país e ocasionaram, segundo o Ministério Público venezuelano, lesões físicas em 318 pessoas, 217 delas civis e 81 funcionários policiais.
Segundo Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa, desde que se iniciaram os protestos um jornalista foi ferido a tiro na Venezuela, registaram-se mais de 120 agressões a comunicadores sociais, 28 deles correspondentes internacionais. Foram denunciados 53 casos de perseguição, 25 de roubos de equipamento, 24 casos de agressões físicas e 23 detenções.


Diário de Aveiro


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