O homem que assaltou o posto dos correios de Ovar de caçadeira em punho foi, ontem, condenado a cinco anos e oito meses de prisão efectiva.
J.C., natural de Salreu, Estarreja, esteve preso cerca de 20 anos e, meio ano após ter saído da prisão, voltou ao crime numa altura em que beneficiava de liberdade condicional. Esta última condenação, por roubo agravado e detenção de arma proibida, poderá, assim, aumentar o já extenso cadastro do indivíduo, caso a defesa não recorra da decisão da primeira instância.
“O crime foi grave. Perturbou o trabalho das pessoas e utilizou uma arma de canos por ele serrados”, censurou a juíza-presidente.
O acórdão determinou ainda a obrigação de o arguido, actualmente em prisão preventiva, fornecer o seu ADN para a base de dados de perfis de indivíduos condenados a penas superiores a três anos de prisão.
O tribunal declarou perdidas a favor do Estado a arma e as munições apreendidas na altura pela Polícia Judiciária (PJ). Já as peças de vestuário que o homem envergava continuarão sob apreensão, dado que poderão ter relevância num processo que corre em Febres (Cantanhede) também relacionado com um roubo nos CTT locais, ocorrido alguns dias antes do assalto em Ovar.