Confirma-se o faseamento do Parque da Ciência e Inovação. A empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto assume que o desenvolvimento do Creative Science Park – Aveiro Region será feito em duas fases tal como tinha sido adiantado há poucos dias pela Quercus e o início das obras está previsto para abril de 2014.

A primeira fase, a decorrer de imediato, no valor aproximado de 26,5 milhões de euros, encontra-se dividida em dois eixos: um no valor de 19,7 milhões de euros, respeitante à criação das condições para instalação e infraestruturação do Parque no Município de Ílhavo; e um segundo, no valor de 6,7 milhões de euros, correspondente à intervenção no Município de Aveiro (cujo processo de licenciamento ainda está a decorrer) e à conclusão da infraestruturação no Município de Ílhavo.

Segundo adianta a sociedade, a segunda fase, que incidirá nos terrenos mais a sul da área total do PCI, “apenas ocorrerá após estar garantida a ocupação total da área da primeira fase”. Essa segunda fase prevê um investimento estimado de 2,4 milhões de euros.

O contrato de financiamento do Parque de Ciência e Inovação com o Programa Operacional Regional do Centro, cuja assinatura ocorreu em 11 dezembro de 2013, assume a elegibilidade do investimento da primeira fase, e viabilizou, para já, o cofinanciamento da instalação do lado de Ílhavo com um valor de FEDER de 15,8 milhões de euros a fundo perdido.

Além da aquisição dos terrenos, procedeu-se à adjudicação das empreitadas (cujo processo administrativo está a cumprir os seus últimos trâmites) referentes à construção de infraestruturas em Ílhavo, do Edifício Central (Incubadora, Design Factory e espaços comuns) e dos dois edifícios de Laboratórios de Uso Comum (LUC) para as áreas das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica (TICE) e Materiais e Agroindustrial.

A decisão judicial que recaiu sobre a providência cautelar colocada pela Quercus e pelo Coletivo de Intervenção na Defesa dos Interesses dos Habitantes da Coutada “reconhece o interesse público e a relevância da localização do Parque num espaço contíguo ao Campus Universitário de Aveiro, decorrendo dela a possibilidade de aquisição de 117 das 120 parcelas”. Essa decisão data de Dezembro de 2013.

O processo de compra dos terrenos necessários à instalação no Município de Ílhavo para a primeira fase do Parque está em plena execução, com cerca de um terço das escrituras realizadas, prevendo-se a sua conclusão até ao final de março de 2014.

Na Assembleia-Geral de ontem, além do ponto de situação foram eleitos os órgãos sociais da PCI. O Reitor da universidade de Aveiro preside ao conselho de administração da Sociedade Anónima, Parque de Ciência e Inovação as. Foi eleito para os próximos 3 anos na Assembleia-Geral realizada ontem. Ribau Esteves assume a condição de administrador em representação da CIRA ao lado de representantes da Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto, da Associação Industrial do Distrito de Aveiro, da I'M – SGPS, do Grupo Visabeira e da Caixa Geral de Depósitos. Fernando Caçoilo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, lidera a Assembleia-Geral.

Na fase de obra vão estar 400 pessoas a trabalhar e no arranque da atividade do PCI estarão cerca de meio milhar. “O Creative Science Park - Aveiro Region funcionará como elemento aglutinador e mobilizador de projetos empresariais sustentados na inovação, em particular nas áreas estratégicas das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica, dos Materiais, do Agroindustrial, do Mar e da Energia. Promoverá igualmente projetos na área do Design, no espaço da Design Factory, numa lógica de mobilização alargada de competências e sinergias transversais”.

As atividades do Creative Science Park - Aveiro Region, associadas à promoção da competitividade da Região, serão desenvolvidas em estreita articulação com as Áreas de Acolhimento Empresarial dos onze Municípios da Região de Aveiro (para as operações de desenvolvimento industrial) e com a Incubadora de Empresas da Região de Aveiro, nomeadamente com os seus polos nos referidos Municípios.

A sociedade acredita que “o Parque terá um efeito multiplicador nas dinâmicas económicas e empresariais da Região de Aveiro, nomeadamente no aumento da sua capacidade exportadora”.