Diário de Aveiro: Qual o balanço que faz do primeiro mandato como Reitor da Universidade de Aveiro (UA)?
Manuel Assunção: O balanço é positivo, claro, porque se não fosse, eu não estaria a recandidatar-me. Primeiro que tudo, nos resultados mais quantificáveis que dizem respeito ao Contrato-Programa fundacional que assinámos com o Ministério da Educação (ME) e com o Ministério das Finanças, em 2009, e todos os indicadores desse contrato foram largamente ultrapassados, na ordem dos 15/20 por cento.
Estamos a falar de que indicadores?
Estamos a falar do aumento do número de estudantes estrangeiros (16 por cento), de alunos em pós-graduação (28 por cento), do número de publicações (14 por cento) e citações (3 por cento). Também estamos a falar de montantes de receitas próprias obtidas (22 por cento no rácio com o orçamento total). Há aqui indicadores quantitativos muito interessantes. Os números são relativos a 2012, quando foi possível avaliar as metas tipificadas no Contrato-Programa (avaliado ao fim de três anos), ou seja em 2012, e teremos nova avaliação em 2014. Agora, pode perguntar-me: o Contrato-Programa supunha apoio do Estado que não veio, porque mantiveram esse contrato? Essa foi uma das decisões que eu tive de tomar. E isso aconteceu porque, apesar de não vir a contrapartida do Estado, o Contrato-Programa era, em si próprio, um elemento mobilizador da comunidade. Ou seja, com dinheiro extraordinário do Estado ou sem ele, nós tínhamos de nos mobilizar para atingir aqueles objectivos da UA. E eu fiz do Contrato-Programa um elemento mobilizador da comunidade, e até fiz dele o centro do diálogo com os Departamentos e com os chamados acordos programáticos que a Reitoria assinou com os Departamentos.
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