BARRA: COMERCIANTES EM OPERAÇÕES DE LIMPEZA LAMENTAM DESTRUIÇÃO DE MÁQUINAS NAS CAVES.

É tempo de limpeza. Os comerciantes na praia da Barra estão a retirar a areia que se colocou nos estabelecimentos depois do mar ter chegado à principal avenida da praia. O receio de novas ocorrências continua a motivar queixas. José Manuel, empresário da restauração, habituado ao mau tempo, diz que só a construção de esporões vai atenuar os efeitos da agitação marítima.

“A solução é ter que fazer dois esporões entre o molhe sul e a Costa Nova. As correntes viraram de sul para norte e isto vai ser sempre um ´ai jesus`. O primeiro esporão a 200 metros do meu bar e outro entre esse e o da Costa Nova. Precisamos de quebrar o ímpeto do mar. Na Costa Nova fizeram alguns e já não está a afetar as casas porque os esporões quebram a força do mar”, explicava ontem um dos mais antigos comerciantes da Barra, proprietário da esplanada mais próxima do areal.

Os comerciantes fazem contas aos prejuízos. Esta segunda-feira foi dia de contabilizar as perdas e de limpeza. “A água trouxe muita areia e lixo. O estabelecimento ficou em estado lastimável. Temos prejuízos nas máquinas que não funcionam, por exemplo os frigoríficos, cadeiras e mesas partidas. Em Janeiro veio cá acima mas desta vez foi muito mau. Esta semana será passada em ação de limpeza. Isto piorar de ano a ano”, adiantou à reportagem da Terra Nova a responsável por um dos estabelecimentos junto à praceta do Molhe Sul.

Para os cafés de praia, um dos problemas residiu na inundação de caves onde são instaladas máquinas. “Acho que não vale a pena queixar porque ninguém vai resolver o problema. Acreditamos que quando estiveram aqui a por areia, na semana passada, essa areia acabou por entrar aqui empurrada pelo mar. Era areia que estava a ser reposta. Isto era um cenário de terror. Temos as máquinas lá em baixo avariadas. Não temos seguro e temos que assumir o prejuízo”.


Diário de Aveiro


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