Concorda com a afirmação de que o papel das Misericórdias nunca foi tão importante como agora?
Eu costumo dizer que só se sentirá o papel das Misericórdias se um dia elas decidirem não continuar o trabalho que fazem. É um trabalho muitas vezes discreto – e tem que o ser, feito com cada pessoa em concreto, que precisa de apoio, e tem a ver com pessoas que têm necessidades económicas ou aquelas que, não tendo carência económica, podem ter outro tipo de carência. Uma pessoa é um todo e é nessa forma de apoiar o todo de cada pessoa que as Misericórdias devem intervir. É evidente que em relação às pessoas que têm mais carências, nomeadamente económicas, devido à época que atravessamos, as Misericórdias e outras instituições da economia social têm de estar mais despertas.
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