O Coletivo de Intervenção na Defesa dos Interesses dos Habitantes da Coutada volta a manifestar surpresa pelos avanços do Parque da Ciência e Inovação e, agora, estranha que apesar da providência cautelar movida por habitantes da Coutada contra a empresa PCI-SA, tenha sido assinado “o contrato de financiamento com o QREN (dinheiros públicos europeus), no valor de 15 milhões de euros”. Os populares desconfiam que seja dinheiro para expropriações.
A empresa estará a preparar-se para levar avante o projeto e os moradores que contestam a iniciativa voltam a lembrar o efeito suspensivo da Providência Cautelar uma vez que o Tribunal entendeu que “haveria prejuízos pessoais superiores ao benefício público trazido pelo projeto e, por esse motivo, deu razão aos requerentes”.
Para o Coletivo de Intervenção nunca foi demonstrado “a validade e viabilidade deste projeto” e o avanço do projeto representa a destruição de 120 terrenos privados num quadro que não merece a concordância de todos os proprietários.
“Como foi possível a Autoridade de Gestão do Programa Operacional Regional do Centro, que gere fundos estruturais do QREN celebrar um contrato nestas condições? Será que desconhecia a situação que impende sobre o projeto? E, se não a desconhecia, com que argumentos se deixou convencer?
Se o projeto aprovado não poderá ser realizado por força da Providência Cautelar, então o que está a ser financiado? Outro projeto diferente do aprovado? Ou pretende-se pura e simplesmente passar por cima da decisão do Tribunal e implementar o projeto inicial à viva força?” questiona o CIDIHC. Diário de Aveiro |