A solicitadora que responde por peculato, no Tribunal de Oliveira de Azeméis, assumiu, ontem, que desviou 350 mil euros de contas bancárias onde estavam depositados mais de meio milhão de euros de um executado num processo de penhoras.
A mulher negou, contudo, ter utilizado para seu proveito o dinheiro do lesado, um conhecido empresário de Vila do Conde. “Fui tirando aos poucos para fazer pagamentos do meu ex-companheiro em casinos, boîtes e na bolsa”, explicou ao colectivo de juízes.
L.O., de 44 anos, contou que foi “cedendo às pressões psicológicas” do pai dos seus filhos, a quem diz ter entregado todo o dinheiro que levantou indevidamente, e que o homem investiu parte daquele montante em negócios no ramo imobiliário. “Ele dizia-me para estar descansada, que ia devolver tudo, mas os negócios não tiveram retorno. Nunca tirei para mim dinheiro que não fosse meu”, justificou.
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