Mais de dois anos depois do inicio do julgamento, o processo Face Oculta caminha para as alegações finais. Esta quinta-feira, esteve no tribunal de Aveiro o ex-presidente da REN. José Penedos voltou a negar favorecimentos, através do seu filho, da empresa do sucateiro Manuel Godinho.

O antigo presidente da REN nega ter violado o código de conduta da então empresa pública ao aceitar prendas de Manuel Godinho. Assim como o estatuto do gestor público ao não travar contratos onde o filho apareceu como advogado do sucateiro de Ovar.

Rui Patrício, advogado de José Penedos, desvalorizou as acusações imputadas esta quinta-feira pelo Ministério Público durante o julgamento do processo Face Oculta. “Não só não é assim como é totalmente irrelevante para o processo”.

No regresso ao tribunal de Aveiro, dois anos depois do inicio do julgamento, onde prestou depoimento, José Penedos garantiu que desconhecia quem oferecia prendas de natal.

E não teve qualquer conduta em favor de Manuel Godinho devido a alegadas influências do filho, Paulo Penedos, para entregar um contrato de demolição da antiga Central da Tapada de Outeiro, que, esclareceu, nem chegaria a receber luz verde.

O tribunal de Aveiro deverá agendar a 7 de Fevereiro próximo o calendário das alegações finais, que dado o número de arguidos e complexidade deste processo de corrupção e outros crimes económicos, torna ainda uma incógnita a data de leitura do acórdão.