Paula Almeida, membro do conselho directivo do Infarmed, em declarações aos jornalistas, pouco mais adiantou sobre o esquema de “aquisição indevida” de vacinas oriundas de Espanha e que não terão autorização de introdução no mercado, não terão sido inspeccionadas lote a lote e poderão não ter respeitado condições específicas de transporte, como a obrigatória refrigeração.
"Temos que ver se são medicamentos que não cumprem a legislação em Espanha", acrescentou.
No entanto, a responsável diz que tudo isto ainda está a ser investigado no âmbito de uma inspecção que foi agora alargada a todo o país.
Esta “situação pontual” foi detectada no final da semana passada, durante as inspecções diárias do Infarmed, e não integrada na operação “Consulta Vicentina”, da Polícia Judiciária, como tinha sido avançado.
Quanto aos riscos para a saúde pública, Paula Almeida sublinhou que se trata apenas de um “risco potencial”, caso tenha havido algum problema no transporte que tenha deteriorado as vacinas em causa.
Questionada sobre se esta importação ilegal poderá ser consequência da falta de vacinas nas farmácias, a responsável rejeita esta ligação, garantindo que os stocks foram repostos e que a situação está regularizada desde Novembro.
Ainda assim, o caso será investigado, até porque o Infarmed abriu um inquérito a nível nacional para averiguar o alegado esquema de importação ilegal de vacinas da gripe desde Espanha.
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