Pires da Rosa quer um novo rumo para o PS e diz que é hora de mudar a página. Assumindo-se como crítico de Alberto Souto, “em muitas situações”, assume que está preparado para trazer independência à análise política admitindo que há um legado “extraordinário” do antigo presidente de Câmara socialista mas que a evolução “foi muito rápida” para a capacidade de financiamento do Município.
Por isso não esconde que houve momentos em que manifestou a sua crítica. Agora, na liderança, quer deixar de lado esses momentos e partir, em ambiente de pacificação, para um ciclo novo.
Entrevistado pelo Diário de Aveiro, admitiu que se sentiu maltratado na formação de listas à Assembleia Municipal por onde tinha passado e considera que a candidatura de Manuel Sousa à concelhia veio preencher essa área política simbolizada pela figura de Alberto Souto.
Numa entrevista em que aborda questões internas do PS, analisou também os primeiros meses de Ribau Esteves na autarquia. O novo líder do PS diz que o autarca foi eleito para conseguir resolver o problema financeiro.
Explica que Ribau está a viver como “grande estrela” mas que “seca” tudo à sua volta, sem dar protagonismo aos elementos da equipa que lidera. Adianta mesmo que se repete o estilo usado em Ílhavo, o que para Pires da Rosa é um erro uma vez que as Câmaras, as gentes e os meios são diferentes.
Preparado para capitalizar os descontes de PP e PSD que não se identificaram com a candidatura da coligação “Aliança com Aveiro”, Pires da Rosa diz que o projeto socialista tem que ser agregador de várias sensibilidades e admite vir a ser candidato à presidência da Câmara mas sugere que a avaliação fica para tarde uma vez que o próximo ato eleitoral será em 2017. Diário de Aveiro |