O Ministério Público contestou a alegada deficiência mental imputada ao homem que matou um irmão em Janeiro de 2013, na Gafanha da Nazaré, ateando-lhe fogo no quarto onde dormia. O autor confesso, Carlos Vareta, de 48 anos, operário da construção civil, não deu razões do crime ontem, durante o julgamento no tribunal de Ílhavo.
O Procurador ficou convicto que o arguido tinha consciência do que estava a fazer ao irmão Jorge e, por isso, terá de ser condenado severamente pelos crimes de homicídio e incêndio. A vítima, de 44 anos, que estava acamada devido a doença grave, morreu carbonizada.
A defesa insistiu no atraso mental congénito do arguido, entre outros problemas de saúde, nomeadamente uma intervenção cirúrgica à cabeça que lhe retira capacidade de avaliar a gravidade dos factos.
Pediu ainda que seja tido em conta na pena a aplicar que Carlos Vareta apesar de ter fugido do local entregou-se à GNR em Ourém.
O acórdão será conhecido no inicio de Fevereiro. Não foi feita prova que o homem quisesse vingar o facto de ir a julgamento por alegados abusos sexuais de uma sobrinha de que foi absolvido. Diário de Aveiro |