Uma ex-diretora do serviço de gestão de doentes do hospital de Aveiro começa a ser julgada em Março por burla qualificada e falsificação informática no exercício das funções. Segundo o MP, a médica ortopedista ordenou a alteração de registos para internamentos de casos clínicos tratados em ambulatório, isto é com alta no mesmo dia.
E assim aumentou a receita de comparticipações, com prejuízo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e subsistemas de saúde.
À data dos factos, entre 2004 e 2005, o hospital teve um benefício supostamente ilícito a rondar 166.100, verba que a arguida arrisca-se a pagar se for condenada nos pedidos de indemnização civil.
A médica ortopedista, que faz parte dos quadros do atual Centro Hospitalar do Baixo Vouga, negou sempre a prática dos atos que lhes são imputados. Assim como a pretensão de beneficiar as contas do hospital. As denúncias foram atribuídas a vinganças pessoais.
O julgamento deverá levar ao tribunal como testemunhas dois antigos presidentes do hospital. Foi Luís Delgado que encaminhou para investigação as denúncias das alegadas ilegalidades cometidas durante o tempo de gestão da equipa antecessora, que era liderada por Álvaro Castro. Diário de Aveiro |