Uma auditoria do Tribunal de Contas à administração do porto da Figueira conclui que a gestão do porto foi "controlada" e poupada, mas a administração afirma que a sustentabilidade futura pode estar comprometida.
José Luís Cacho, presidente da Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF), afirmou à agência Lusa que "é reconfortável" receber o "reconhecimento do trabalho feito", considerando que o presente da empresa "está bem", mas que a futura sustentabilidade da empresa pode "estar comprometida".
"A quebra de receitas da administração do porto, devido à redução das taxas portuárias, é um facto preocupante", considerou, referindo ainda que tal situação é agravada por um "aumento futuro da despesa com as dragagens (profundar o fundo de águas navegáveis)".
O relatório, que incide sobre os exercícios económicos entre 2009 e 2012, afirma que "não foram detetados desperdícios evidentes de dinheiros públicos" no porto regional, tendo havido uma "otimização dos equipamentos e das infraestruturas", apesar de não ter cumprido as metas de redução de custos em 2011.
Os resultados operacionais da empresa variaram entre valores negativos, em 2009 (211 euros) e 2011 (297 mil euros), e valores positivos, em 2010 (628 mil euros) e 2012 (760 mil euros).
Em 2012, o porto da Figueira movimentou "quase 1,8 milhões de toneladas de mercadorias", sendo 50% desse movimento a dever-se à "pasta química de madeira (pasta de papel) e à madeira".
A APFF é detida a 100% pela Administração do Porto de Aveiro, tendo 37 trabalhadores e um volume de negócios que "ascendeu a 3,5 milhões de euros, na média do quadriénio 2009-2012". Diário de Aveiro |