A sobrecarga registada recentemente nas urgências do Hospital de Aveiro (Hospital Infante D. Pedro) "demonstra o resultado da política de cortes no Serviço Nacional de Saúde", na perspectiva do Bloco de Esquerda (BE), que em comunicado de imprensa adianta que se prova "como o Governo mente quando diz que não tem degradado a qualidade do SNS". A ausência de um número de macas suficiente, bem como a exiguidade do espaço, "colocam sérios entraves na resposta necessária, sempre que existe um aumento da afluência de utentes às urgências do Hospital de Aveiro. Esta ausência de macas levou a que chegassem a estar paradas à porta do Hospital 12 ambulâncias, o que coloca em causa a resposta a pedidos de socorro, como foi denunciado pelas corporações de Bombeiros", é referido. A direcção hospitalar deu conta pública da existência de "muitos casos nas urgências que não seriam urgentes", o que serviu como justificação para o 'pico' de afluência de utentes. Para o Bloco de Esquerda esta situação "é inaceitável". "Por um lado, a falta de macas no Hospital de Aveiro é uma situação recorrente e identificada. Não existe qualquer explicação para que esta situação permaneça por resolver que não os cortes no Serviço Nacional de Saúde que o Governo está a levar a cabo. A austeridade está a criar dificuldades aos utentes do Hospital de Aveiro", concluem. Diário de Aveiro |