A direção do Beira-Mar diz que “até agora o caminho percorrido pelo Grupo Pieralisi, está a vir ao encontro de um só Beira-Mar” e que se tudo continuar como até aqui estará “perante um parceiro credível e desejado” mas espera confirmar esses indicadores manifestando alguma prudência.
Em comunicado, a estrutura liderada por António Regala explica, perante os sócios, que a aceitação da nomeação na administração da SAD surgiu no condicional. Em primeiro lugar dependente do pagamento dos salários em atraso aos funcionários da SAD e uma solução para regularizar a situação em mora com Administração Fiscal e Segurança Social e, também, de um acordo sobre “um plano de viabilidade da Sociedade assente num plano estratégico credível para o Sport Clube Beira-Mar e restantes credores”.
Pela primeira vez, depois da Assembleia-Geral da SAD e da eleição de um novo conselho de administração, já com o Beira-Mar de novo representado, o clube aveirense diz que vai trabalhar em conjunto com os membros do Conselho de Administração para encontrar essas soluções.
A saída de Majid Pishyar e a entrada de um novo acionista, o grupo italiano Pieralisi, são vistas como via para a recuperação confirmando a direção que foi ouvida sobre a “disponibilidade de aceitação da Direcção de um novo acionista”.
Diz que a “luz verde” foi dada depois de abordadas “questões de princípio” e que a negociação detalhada e a alteração ou criação de acordos fica para uma fase seguinte.
Segundo a direção liderada por António Regala, que volta a ter acesso ao site oficial do Beira-Mar depois de largos meses sem capacidade de comunicação, tal fica a dever-se à urgência de resolver questões prementes que poderiam pôr em risco o prosseguimento da competição profissional em função da “caótica situação financeira” deixada por Majid Pishyar.
O clube de Aveiro revela que a época de 2012/13 foi marcada pela obtenção de resultados desportivos e financeiros “bastante insatisfatórios” em que “para além da despromoção da equipa profissional à 2.ª Liga, a Sociedade registou um prejuízo superior a 5,2 milhões de euros, contribuindo assim para o agravamento da situação de falência técnica em que se encontra a 30 de Junho de 2013”.
Uma SAD que se afastou do clube e que, segundo a direção do clube, não deu “respostas satisfatórias no que concerne ao cumprimento dos compromissos assumidos perante o Sport Clube Beira-Mar”.
A abstenção do clube na AG das contas da SAD é justificada pelo facto de não ter indícios de que as demonstrações financeiras da SAD “não apresentem de forma verdadeira e apropriada” a posição financeira e, ainda, uma forma de reprovar a gestão desportiva e financeira desenvolvida ao longo da época de 2012/13, pelo anterior accionista. Diário de Aveiro |