A descrição de uma visita do bastonário da Ordem dos Médicos à urgência do Hospital de Aveiro provocou “surpresa” e “indignação” ao presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga. Depois da visita, o bastonário, José Manuel Silva, escreveu, numa crónica publicada no Correio da Manhã, que “o espaço da urgência mais parecia um campo de batalha, com dezenas de macas pelos corredores e com 39 doentes à espera de vaga no internamento, alguns há três dias! Na sala de observações, alguns doentes aguardavam internamento há seis dias! Entretanto, o Serviço de Medicina Interna chega a ter taxas de ocupação superiores a 200 por cento!”.
O bastonário ficou “estarrecido. “As equipas médicas são insuficientes e o espaço é exíguo para a procura, particularmente depois do encerramento de Estarreja e da desvalorização de Águeda e da redução das camas em ambos os hospitais. Assim não é possível trabalhar com qualidade! E a culpa não é dos médicos”, escreve.
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