O teatro está de volta a São Jacinto. Dez anos depois da interrupção de atividade, o Grupo de Teatro Amador de São Jacinto apresenta, no domingo, às 15h, no salão da Junta de Freguesia, sketches alusivos à história e tradição da freguesia.
Os cantores (à capela) e atores são gente da terra, dos 6 anos aos 96, e nas peças recordam-se tempos antigos, com humor, desde o típico pescador do palheiro, dos nomes das numerosas famílias de pescadores, passando pela homenagem à presença militar com teatro e fado trincheira, até à propalada construção de uma ponte. Maria Graça Oliveira refere tratar-se de um primeiro passo para o regresso à atividade.
“O grupo ainda não é o definitivo. Isto foi mais para dizer que o grupo está vivo. As inscrições começam em Janeiro para audições. Este trabalho é mais dedicado à pesquisa. É do povo para o povo. São histórias que falam da vida dos pescadores baseadas em cenas do dia-a-dia”.
No espetáculo de domingo há trabalho sobre a vida das famílias de São Jacinto numa representação divertida da vida real. “O pescador depois da fina quando chagava a casa depois de passar pela taberna as coisas nem sempre corriam da melhor maneira. Temos a esteira que servia de mesa e cama. Falamos da base militar e cenas caricatas do dia-a-dia. Aprendemos e ensinamos”.
Habituados às referências ao isolamento de São Jacinto, os atores quiseram dedicar espaço às possíveis alternativas na melhoria de acessos. "Vamos ter a solução para a construção da ponte com dois deputados conhecidos da praça. O problema da ponte que se fala do tempo de Vale Guimarães mas que desta vez fica resolvido neste debate acalorado. Só vendo”. Diário de Aveiro |