O PS diz que PSD e PP "tentaram uma jogada política que saiu mal" com a eleição de representantes para a Assembleia Intermunicipal da Região. Os dois partidos juntaram-se e formaram uma Lista conjunta mas o PS fez o mesmo e em parceria com o PCP conseguiu também eleger dois Deputados. Cada um dos blocos conseguiu eleger dois deputados. Sofia Senos (PS) considera que a iniciativa dos partidos de direita visava reduzir a representação do PS a um Deputado na Assembleia Intermunicipal. "O PSD resolveu fazer uma 'brincadeira' muito pouco democrática. Queria minorar a presença do PS na CIRA. Para se fazerem estas brincadeiras é preciso poder mas a Assembleia Municipal (AM) tem outra representatividade relativamente aos partidos da oposição que não tinha antes das eleições. Eles não fizeram as contas e deram-se mal", disse. Carla Lima, do BE, considera que as Listas deveriam ser transversais à AM para garantir maior representatividade e diz que a eleição deveria ser directa para a Assembleia Intermunicipal. "O PCP fez o seu caminho e nós discordamos da Lei que permite esta eleição assim. As eleições para um órgão intermunicipal deveriam ser directas", referiu. Hugo Rocha, do PP, diz que a forma como PS e BE equacionam a questão "não é a correta". Tratou-se de "juntar partidos com afinidade política". Daniel Santiago, do PCP, diz que o partido esteve na lista do PS porque entendeu que haveria alguma convergência de posições. "Chegámos a acordo com o PS para propiciar mais 'ideias' e oposição na CIRA", disse. Augusto Rocha, do PSD, referiu-se a uma suspensão nos trabalhos para clarificar uma questão relacionada com o método de eleição. Desmente qualquer perda de confiança na condução dos trabalhos pela Mesa. "Entendemos interromper os trabalhos para esclarecer uma dúvida. Foi uma questão técnica. A dúvida foi esclarecida. Não houve falta de solidariedade ou respeito para com o Presidente da Mesa", esclareceu. Diário de Aveiro |