Alberto Souto Miranda considera as alterações regimentais aprovadas pela maioria na última Assembleia Municipal um “retrocesso” que configura uma “hostilidade gratuita” ao povo de Aveiro mas diz que não está surpreendido com a posição de Ribau Esteves assumindo desapontamento com a atitude de Nogueira Leite.
Na leitura do ex-presidente da Câmara de Aveiro, tanto a definição do tempo de intervenção dos partidos proporcional ao dos resultados eleitorais como a colocação da intervenção popular no fim dos trabalhos representam uma “desvalorização ideológica da Assembleia enquanto órgão de fiscalização” e desconsideração da participação cívica não mediada pelos partidos, “num tempo em que todos proclamam a necessidade de a valorizar”.
Em texto publicado na página pessoal no facebook, o antigo presidente da Câmara diz que os novos presidentes de Câmara e Assembleia “começam mal” e que as medidas são próprias de quem procura cercear a voz do povo.
“Não me parece que Ribau ou Nogueira Leite sejam medrosos. Mas a prepotência da maioria , em democracia, é uma ineficiência. Deviam perceber que em Aveiro, quanto à liberdade de expressão, não há regimento espertalhote que a cale”. Diário de Aveiro |