Obras paradas à espera de visto do Tribunal de Contas e falta de fundos para poder desenvolver os projetos. Um cenário apresentado pelo presidente da Câmara de Aveiro na última Assembleia Municipal. O autarca fala de quadro difícil e deixou entender que há dívidas não contabilizadas que poderão agravar ainda mais o cenário financeiro.
“Hoje temos um conjunto de vistos em Tribunal de Contas suspensos porque não temos fundos disponíveis nem mapa e com as penhoras que estão a chegar às nossas contas estamos a entrar em quase completo bloqueamento. O uso de descobertos que se faz há algum tempo não pode ser um instrumento de gestão porque tem custos de 22% em juros. Nem por poucos dias podemos estar disponíveis para pagar juros tão absurdamente altos. A nossa credibilidade está a um nível que coloca os custos financeiros a dimensões incomportáveis”.
Nas declarações aos deputados municipais, o autarca falou ainda sobre um cenário de dívidas não contabilizadas.
“Toda a gente tem ordens de que acabou o jogo escondido, não há mais respeito por cumprimento de ordens absurdas do tipo tirar dívidas das contas”.
Ribau Esteves adiantou que “a terapia” passará, em grande medida, com recurso a replanificação da dívida à banca, negociar a utilização de seis milhões de euros ainda disponíveis do empréstimo da CGD e ainda por utilizar e ajuda do futuro fundo de apoio municipal. Diário de Aveiro |