A Quercus aponta o dedo ao Ministério do Ambiente e diz que é preciso apuramento de responsabilidades na destruição de espécies que protegiam as defesas dos campos agrícolas. Tudo porque a ação de desbaste mantida há um ano foi criticada na altura pela associação ambientalista que via nos trabalhos uma porta aberta para a destruição de defesas naturais.
“Eram trabalhos de beneficiação autorizados e implementados por organismos dependentes do Ministério do Ambiente, e mesmo assim os resultados estavam longe de respeitar as questões ambientais básicas”, recorda a Quercus salientando que o Inverno agravou os problemas de erosão.
O Núcleo Regional de Aveiro da Quercus nota ainda que no Verão endereçou um ofício ao Ministério do Ambiente, com questões concretas sobre a situação das margens do Vouga, e que até hoje não teve resposta.
“Com efeito, as máquinas que andaram nas margens do Vouga destruíram muita da vegetação natural, derrubando galerias ripícolas e afetando a proteção do solo que ladeia o Rio Vouga. Uma ausência de resposta por parte do Ministério do Ambiente não nos admira. É o espelho da sua inércia, é a conjugação perfeita com a falta de capacidade de uma estrutura que cada vez mais ignora a região e os seus valores naturais”.
Para a Quercus a falta de resposta dá do Ministério do Ambiente “uma imagem de incompetência governativa”. Diário de Aveiro |