PAÍS: “NEM O FIM EM NOME DO QUAL O GOVERNO JUSTIFICOU O SOFRIMENTO DOS PORTUGUESES É, AFINAL, CUMPRIDO” - NETO BRANDÃO.

Filipe Neto Brandão aproveitou o debate com o Ministro da Administração Interna sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2014 para apontar o dedo às políticas de austeridade. O aveirense, eleito pelo PS, começou por recordar a Miguel Macedo o que sobre o Orçamento para 2014 foi escrito pelo Conselho Económico e Social, o qual alertou para o facto de, “apesar de toda a austeridade infligida aos portugueses, o défice previsto para o final deste ano ser exatamente igual ao que ocorreu em 2012, 5,8%, ou seja, não houve qualquer descida do défice”.

Para o deputado socialista, isso demonstra que as políticas do Governo – de que o MAI é corresponsável – não cumprem sequer os pressupostos invocados pelo próprio Governo para as justificar.

“Nem o fim em nome do qual o Governo justificou o sofrimento dos portugueses é, afinal, cumprido. Isso demonstra bem que persistir neste caminho de austeridade autofágica só pode conduzir o país à ruína, isto quando as famílias continuam a suportar 60% das medidas de austeridade”, afirmou Filipe Neto Brandão.

Filipe Neto Brandão confrontou ainda Miguel Macedo com a desconformidade entre a postura de PSD e CDS que, na oposição, reclamavam mais polícias, e aquilo que é agora consagrado na proposta de Orçamento, ou seja, que só poderão ser admitidos agentes ou guardas se resultar demonstrado que o seu número é inferior aos que saírem entretanto.

“Os senhores estão a fazer o contrário do que sempre disseram defender”, acusou Filipe Neto Brandão, que alertou ainda para o facto dessa diminuição de efetivos ser acompanhada por uma redução orçamental que pode fazer diminuir a capacidade operacional.

“Não haverá refrescamento de efectivos, haverá sempre diminuição de efetivos”, concluiu Filipe Neto Brandão.


Diário de Aveiro


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