Qual é a situação financeira da autarquia?
Embora tenha melhorado substancialmente, fruto de um trabalho muito rigoroso e muito criterioso na gestão, ainda é uma situação difícil. A dívida de médio e longo prazo ronda os 35 milhões de euros e a dívida de curto prazo a fornecedores ronda os sete milhões de euros. Registe-se, ainda, mais um milhão de euros de dívida de curto prazo. Face à dimensão do concelho, é uma situação que ainda marcará o mandato 2013-2017. Não poderemos abdicar dos critérios de exigência e rigor do primeiro mandato.
As contas continuarão a ser matéria sensível…
Sim, até porque vem aí uma nova lei das finanças locais, que será particularmente exigente para com o município. E também temos as obrigações que decorrem da nossa adesão ao PAEL [Programa de Apoio às Finanças Locais]… Há uma série de constrangimentos sobre as autarquias locais e a diminuição de receitas também é uma realidade. A conjuntura económica nacional não ajuda.
Mas reclama uma melhoria da situação financeira após o seu primeiro mandato?
Sim. Felizmente, conseguimos resolver aquele que era o grande problema das finanças camarárias: o défice anual das contas. Há municípios que são apontados como exemplos de gestão e que demoraram oito e 12 anos a resolver o problema do défice anual, enquanto nós conseguimos resolvê-lo em três anos. Hoje, temos contas anuais perfeitamente equilibradas. Quando chegámos, em 2009, a Câmara Municipal de Espinho era uma máquina de fazer dívida. Resolvemos esse problema, mas é uma luta permanente.
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