A UGT não assume eventuais cenários de greve geral no momento mas admite que é importante “fazer vincar a insatisfação dos portugueses” com as condições atuais e as perspetivas futuras, “exigindo políticas que promovam o emprego e a coesão social e que impeçam o maior empobrecimento do país e o aumento da miséria social”.
Esta ideia surge na moção aprovada pelo Secretariado Nacional em Lisboa e que a UGT de Aveiro divulga pelos sindicatos afetos. Relembra que as “lutas que a UGT tem vindo a implementar através dos seus sindicatos e dos trabalhadores que representa têm-se afirmado pela positiva, num sentido construtivo que prioriza o diálogo e a negociação como vetores fundamentais da sua atuação sindical”, mas salienta que é preciso ter em conta outras forma de luta, como a greve, “um recurso que não deixaremos de utilizar para darmos a devida expressão à indignação e ao sentimento generalizado de rejeição que domina a sociedade portuguesa, em consequência das medidas de política económica e social de cortes que este Governo vem impondo”.
Apoia a Greve convocada pelos seus vários sindicatos para o próximo dia 8 de Novembro de 2013, bem como as greves e outras formas de luta despoletadas em convergência sindical pelo Sector Empresarial do Estado entre 25 de Outubro e até 9 de Novembro, apelando a todos os trabalhadores destes sectores para que adiram a estas formas de luta.
Para a União Geral de trabalhadores discute-se “um orçamento que ataca as funções sociais do Estado e que compromete a prestação dos serviços públicos, pondo em risco os princípios da igualdade de oportunidades e da coesão social de todos os portugueses”.
No caso do Sector Empresarial do Estado, a UGT considera que o OE “constitui um forte ataque às empresas públicas, à Contratação Coletiva e às remunerações dos trabalhadores das empresas do sector empresarial do Estado, em especial da área dos transportes e comunicações”.
A UGT recusa o encerramento dos serviços públicos em áreas cruciais para a satisfação das necessidades coletivas das populações, como a Justiça, a Saúde, a Educação e Impostos por temer agravamento da desertificação do interior do pais.
Recusa um cenário de despedimentos na Administração Pública e o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas na Administração Pública, sem qualquer contrapartida remuneratória. E recusa a convergência do sistema da CGA com o regime geral da Segurança Social, com redução das pensões já em pagamento, bem como o aumento da idade da reforma sem se conhecer efetivamente qual a idade real com que os trabalhadores poderão reformar-se.
Antes de novas posições aguarda a divulgação do Guião para a Reforma do Estado da responsabilidade política de Paulo Portas. Diário de Aveiro |