Os partidos com assento na Assembleia Municipal (AM) de Ílhavo dizem que o país "tem um problema para enfrentar" mas que terá de ser a União Europeia, no seu conjunto, a tomar decisões. Para o Bloco de Esquerda (BE) os compromissos do país "são para cumprir mas o peso financeiro da dívida deveria merecer intervenção da UE". "Se integramos a União Europeia o problema tem de ser comum. A Alemanha e o Reino Unido querem que o Euro continue forte nem que para isso seja preciso sacrificar os paises do sul da Europa, não pode ser assim", disse. O PS entende que Passos Coelho "continua a ir além do exigido pela Troika". Sofia Senos aproveita para questionar as reformas aplicadas. "Eu queixo-me do 'serviço público' porque quando saio do trabalho às 19h00 não tenho nada a funcionar. Os serviços deixam de fechar às 16h00 para encerrarem às 17h00. Se me falassem da flexibilidade do horário isso seria uma reforma do Estado mas, assim, é 'mercearia'", referiu. Para o Social Democrata Flor Agostinho, o problema não é nacional e o PS, no poder, estará obrigado a desenvolver a mesma política. "O PS implementará as mesmas medidas. O Estado nacional é super gastador. É impossível aplicar outro tipo de medidas", assegurou. Hugo Rocha, do PP, diz que o PS tem procurado afastar-se de uma política que o próprio subscreveu. "Quando o PS aparece a dizer que isto só é sustentável se a Europa decidir de outra maneira, está a dizer que não está em condições de governar. Não podemos levar a sério o PS". Daniel Santiago, do PCP, lembra que as 'marchas' de protesto realizadas em Lisboa e Porto "atingiram os objectivos". "Os entraves feitos às manifestações na Ponte 25 de Abril foram um atentado à democracia, mas, foram atingidos os objectivos propostos", sublinhou. Declarações feitas no âmbito do programa de debate político "Discurso Directo" na Terra Nova. Diário de Aveiro |