O presidente da distrital de Aveiro do PS é muito crítico do Orçamento de Estado para 2014. Pedro Nuno Santos diz que é um documento que revela cobardia por atacar os mais fracos e poupar os mais fortes. Fala também de um documento inútil uma vez que a austeridade de 2013 também não permitiu atingir objetivos à custa do empobrecimento da população.
“Há outras palavras que definem o orçamento. Desde logo, cobardia no processo porque tivemos um governo que se esforçou, sistematicamente, por esconder o verdadeiro impacto do orçamento. O vice Primeiro-Ministro disse que eram pequenas e médias poupanças. Mas o Primeiro-Ministro já revela o que aí vinha quando disse temer um choque de expetativas. Mas há também cobardia nas medidas. Libertam-se recursos em sede de IRC, sabendo que os beneficiários são grandes empresas de setores não transacionáveis, e ao mesmo tempo carrega-se sobre os mais fracos”.
Pedro Nuno Santos e as críticas ao Orçamento com o lamento de que a lição não tenha sido aprendida nos últimos anos de austeridade.
“Tivemos 5,6 mil milhões euros de austeridade para reduzir o défice orçamental de 5,8 para 4%. Pois o défice voltará a ser de 5,8%. Estamos mais pobres para nada. É inútil esta política. Estão à espera que os resultados se alterem mas sabemos que continuaremos a sofrer os impactos deste orçamento. A verdade é que para além da cobardia e da inutilidade há uma alteração profunda do modo de vida em Portugal. Corta-se na Escola Pública mas mantemos e subimos as transferências para o ensino privado. Cortamos na saúde mas temos desagravamento fiscal nos seguros de saúde pagos pelas empresas. A alteração do modo como vivemos não é um efeito colateral desta política. É o principal objetivo da direita portuguesa”. Diário de Aveiro |