Amin Pishyar, administrador da SAD do Beira-Mar, esclareceu em declarações à agência Lusa que foi a direção do Beira-Mar quem propôs a desistência do processo do pedido da insolvência e não a SAD. “A forma como a direção comunicou que fomos nós a pedir para eles desistirem do caso é totalmente falsa”, disse Amin Pishyar, filho do acionista maioritário da SAD aveirense, Majid Pishyar, em declarações à Agência Lusa.
O membro da direção da SAD fez questão de esclarecer que a proposta para que a direção desistisse do julgamento foi feita em julho e agosto, na altura em que o mercado ainda estava aberto”, e não à “última hora, depois de ter vendido jogadores a preço de saldo”.
“Só quando eles viram que estávamos mesmos dispostos a ir para Tribunal e a preparar toda a documentação, é que o advogado deles entrou em contacto com o nosso a pedir-nos que desistíssemos do caso”.
Segundo Amin Pishyar, a SAD impôs três condições para o acordo agora alcançado. “Negociar diretamente com os ex-dirigentes a restante dívida, com a Câmara Municipal a gestão do estádio e um compromisso da direção em não tomar mais medidas legais contra a SAD”.
O filho de Majid Pishyar, proprietário da SAD, considera que as dificuldades financeiras do clube terá pesado no desfecho. “Se a direção não tem sequer dinheiro para pagar ao advogado, julgo que podemos estender-lhes a mão e tentar perceber o que podemos fazer juntos pelo menor custo possível”.
Depois do princípio de acordo estabelecido na terça-feira no Tribunal, Amin Pishyar passa ao ataque e lamenta que “a direção tenha tido a audácia de atacar a pessoa que lhes colocou mais de um milhão de euros no clube para pagar os impostos”.
“Outra questão irónica é que no acordo que temos com o Beira-Mar existe uma opção para retirarmos todo o nosso investimento, o que significa que, se não nos entendermos, legalmente podemos exigir os três milhões que investimos”, concluiu o responsável da SAD. Diário de Aveiro |