Comecemos pelo início. Pouco depois das 8 horas da manhã, na fila para o pequeno-almoço há uma troca de olhares (quase tensa!) entre um dos capitães e um dos treinadores. “Tu és um palhaço”, atirou, de soslaio o “Tocha”, ainda sem a braçadeira de capitão, mas já equipado a rigor, em direcção ao mister Bruno Seco. “Palhaço?”, pensamos, questionando se teríamos ouvido bem. Pa-lha-ço! Assim, com todas as sílabas. “És mesmo palhaço, tu”, foi a resposta pronta que ouviu. “O que é que esse palhaço te está a dizer, Tocha?”, veio o guarda-redes Mauro em defesa do capitão. “Olha-me estes dois palhaços”, defendia-se o mister, olhando para Francisco Seita, o outro treinador, antes de se deixarem todos levar numa gargalhada geral. Estava dado o mote para aquilo que viria a ser a palhaçada. Palhaçada? O dia, queremos nós dizer.
Ainda “embrulhados” em caras de quem dormia mais um par de horas, os restantes jogadores já estavam à mesa, com o respectivo tabuleiro, e a boa disposição patente no rosto. Era o início de mais um dia daquilo que pudemos perceber estar a ser um sonho que está a ser vivido por todos.
Diário de Aveiro |