entre a Câmara de Águeda e o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga foram ontem, ao início da noite, revelados por Gil Nadais, presidente da autarquia aguedense.
Em conferência de imprensa aberta ao público, o autarca considerou que “as últimas informações que temos obtido não são nada animadoras, e levam-nos a tomar estas medidas”, dando conta que no relatório e contas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, “além de se constatar que o prejuízo tem aumentado, o mesmo documento faz referência a um plano de ajustamento com os cortes que vão ser feitos, e que nos fazem recear o encerramento do nosso hospital”.
Lamentando que a autarquia não tenha tido conhecimento deste plano, Gil Nadais entende que “quando se esconde, algo se passa”, sublinhando que “sentimos um completo mutismo e um não atender das nossas solicitações, por parte do CA do Centro Hospitalar do Baixo Vouga”.
Neste contexto, o autarca refere que além das dificuldades de entendimento com quem tutela o Hospital de Águeda, “também não conseguimos obter respostas do Ministério da Saúde para este problema”, recordando que a Câmara Municipal disponibilizou 500 mil euros – como suporte da parte nacional – às obras que deveriam ser realizadas nas Urgências do Hospital de Águeda, com fundos comunitários. Uma proposta que, sublinhou, “não parece que tenha qualquer resposta positiva”.
Petição vai chegar à
Assembleia da República
Face a este panorama, o autarca avançou ontem com o lançamento de uma petição pública, “para que possam ouvir a voz do povo, já que parecem não querer ouvir a autarquia”. Petição que passa por poder levar à Assembleia da República a proposta de demissão do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, “e que novos administradores sejam nomeados, para que possamos dialogar sobre o futuro do Hospital de Águeda”.
Diário de Aveiro |