Os pais de Cláudio Rio Mendes, o advogado assassinado pelo ex-sogro em Oliveira do Bairro, ainda não conseguiram ver a neta, quase dois meses depois da decisão judicial que regulou o exercício do direito de visita à menor. Em causa está o atraso na nomeação de um perito especializado na área de psicologia infantil para promover a reaproximação gradual entre os avós paternos e a neta, que faz na quinta-feira seis anos.
Na passada segunda-feira, o Juízo de Família e Menores de Aveiro mandou oficiar o Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios (GRAL) para indicar um profissional nesta área, com nota de urgente. A decisão surge depois de o Instituto de Segurança Social (ISS) ter recusado um primeiro pedido do tribunal por “não deter competência nesta área e não ter no seu quadro de recursos humanos, técnico cuja intervenção é solicitada”.
Na resposta, que chegou 46 dias após o envio do ofício do tribunal, o ISS sugere que o pedido seja endossado ao GRAL, organismo que depende da Direcção Geral de Administração da Justiça. A sentença do Juízo de Família e Menores de Aveiro, datada de 19 de Março, determina que durante os primeiros dois meses os pais de Cláudio Rio Mendes possam almoçar ou lanchar com a neta, uma vez por semana. Estes encontros deverão ocorrer na presença de perito especialista em psicologia infantil, que ajudará, durante aquele período, ao desenvolvimento progressivo dos laços afectivos entre a criança e os avós.
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