SEVER DO VOUGA: JOVENS AGRICULTORES VÃO TER ACESSO A BOLSA DE TERRAS

Câmara de Sever do Vouga, Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga (AGIM), Fundação Bernardo Barbosa de Quadros e Espaço Visual - Consultores de Engenharia Agronómica assinam esta semana um protocolo para a constituição de uma bolsa de terras para jovens agricultores.
O objectivo é “aproveitar terras que estão abandonadas, dando-lhes um destino para quem tem interesse em explorar a agricultura e torná-la um negócio”, explicou o engenheiro agrónomo José Martino, citado pela Lusa.
A ideia partiu de associações de agricultores em parceria com a autarquia, apostada em rejuvenescer o concelho ao cativar jovens para a plantação do mirtilo.
O microclima local é propício ao cultivo daquelas bagas silvestres. Isso mesmo foi confirmado “há cerca de 20 anos quando uma fundação holandesa decidiu, na sequência de um apoio à companhia leiteira local, fazer experiências com a plantação de mirtilos e outros pequenos frutos”, adiantou à Lusa o presidente da Câmara.
Segundo Manuel Soares, “a agricultura de subsistência, e sobretudo a cultura intensiva de milho, não dava qualquer rendimento aos agricultores”. “Começou a verificar-se que o mirtilo era uma boa fonte de rendimento para as famílias”, apesar de Sever ser um concelho “sobretudo de minifúndio, ao socalco e com terras de pequena dimensão”.
“Muita gente começou a viver da cultura do mirtilo”, acrescentou. Mas o “sucesso” que a cultura do mirtilo conhece no concelho tem de ser alimentado. Havendo “muitos produtores em Sever e em toda a região”, há também jovens agricultores que “estão a regressar às terras mas não têm terrenos”. Daí nasceu a ideia de criar a bolsa de terras, para a qual a Fundação Bernardo Barbosa de Quadros contribui com 45 hectares.


Diário de Aveiro


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