A juíza de Oliveira do Bairro e o pai, condenado pelo homicídio do ex-genro, processaram os apresentadores televisivos Nuno Graciano e Vanessa Oliveira, o jornalista Hernâni Carvalho e os psicólogos Quintino Aires e Paulo Sargento, para além do engenheiro Celso Rio Mendes, irmão da vítima do homicídio da Mamarrosa.
Na origem da queixa, com a qual o Ministério Público não concorda e por isso não acompanhou a acusação particular, está a edição de 2 de Março de 2011 do programa da SIC “Companhia das Manhãs” em que o processo da morte da Mamarrosa foi debatido.
O debate instrutório decorrerá no Juízo de Instrução Criminal de Aveiro, devido a um requerimento já apresentado pelos seis processados, que pretendem evitar ser julgados, segundo referiam ontem de manhã, numa audiência presidida pelo juiz António Gomes.
A magistrada e o pai solicitam a condenação dos seis visados na queixa, pelos alegados crimes de difamação, publicidade e calúnia, bem como o pagamento de uma indemnização cível de 60 mil euros. A cada um dos seis visados são pedidos, quer pela juíza, quer pelo pai, cinco mil euros, o que perfaz a quantia global de 60 mil euros, pelos supostos danos não patrimoniais, resultantes dos seus comentários.
A juíza Ana Joaquina Carriço Ferreira da Silva, agora colocada no 2.º Juízo do Tribunal Judicial de Cantanhede, alega na sua queixa criminal, tal como o seu pai, o engenheiro técnico agrário António Ferreira da Silva, que no programa “Companhia das Manhãs” foram proferidas expressões que consideram ter sido “injuriosas, difamatórias e caluniosas”.
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