A informação foi avançada em conferência de imprensa pelos responsáveis das duas empresas a quem foram adjudicados os trabalhos: a holandesa “Mammoet Salvage”, especializada em salvamentos marinhos, e a “Rebonave - Reboque e Assistência Naval”. A operação iniciou-se ontem, “com a remoção da areia que circunda o navio e a transfega de cerca de 6.000 litros, de um total de 10.000 litros, que existe a bordo”, disse José António Costa, da Rebonave. Uma vez removidas todas as matérias sinalizadas, segue-se fase mais complexa: a preparação do casco e a sua reflutuação, com recurso a meios náuticos. “Em termos simples, o barco vai ser reposicionado na água e puxado para o mar, com recurso à força de dois rebocadores oceânicos”, referiu este responsável, advertindo que “podemos ter que fazer várias tentativas”, além de “estarmos dependentes das condições das marés e ventos”. Uma vez a flutuar e depois de uma primeira inspecção dar o barco como apto a navegar, seguirá para Lisboa onde o espera, à partida, o desmantelamento.
Este é o “plano A”, mas se algo correr mal e a flutuabilidade do Merle, com 80 metros de comprimento e com um peso de cerca de 2.500 toneladas, não poder ser garantida, o “plano B” aponta para o seu desmantelamento na praia do Muranzel. “Há imponderáveis que podem implicar que o navio seja desmantelado no local”, admitiu José António Costa, acrescentando contido que esse cenário “está pensado, mas não está planeado”.
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